terça-feira, 1 de outubro de 2019

GRANDE MÉRITO DAS BELAS ARTES REMBRANDT HARMENSOON VAN RIJN


"GRANDE MÉRITO DAS BELAS ARTES REMBRANDT HARMENSOON VAN RIJN"
Foi no dia 28.11.2015 na Exposição "ARTGALERIUN '15 - 10ª Exposição Internacional de Artes e Letras em Coimbra - Portugal na Galeria de Artes Albuquerque e Lima, onde se realizou mais um evento Internacional do CONINTER + EPOPEIA DE ARTES - Associação + MUC Movimento União Cultural, Atribuído ao SENADOR ACADÉMICO CULTURAL para as CIÊNCIAS em Portugal do CONINTER

Provocations I - PERVERSIDADES NAS ARTS

2012_02/ Acrílico s/tela/ 200x81cm (Diptico 2x100x81cm)

Opinião do Crítico de Arte e Artista Plástico FERREIRA PINTO

O verdadeiro sentimento é como o rio que corre à luz do sol e depois atravessa a escuridão da noite com o mesmo murmúrio jubiloso.”
Na obra de Kim Molinero, há um mundo que se vai revelando, um mundo onde o artista se movimenta com grande à vontade, como quem persegue os passos de um outro personagem muito semelhante a si próprio. É interessante como esse espaço do imaginário do autor, se veste e reveste de uma extraordinária beleza cromática, muito condicente com a sua personalidade – alegre, presencial, determinada, conclusiva e profundamente bondosa. Julgo estar diante de um ser muito generoso, de uma crença enorme, num acreditar incondicional do outro seu semelhante, seu companheiro de viagem nesta experiência de vida. Apercebo-me da sua nobreza, da sua enorme capacidade de se colocar ao serviço do seu semelhante.
O seu centro de gravidade parece estar fora do seu próprio corpo, pois a sua influência estende-se com enorme facilidade para espaços bastante longínquos da sua habitual localidade física. Há pessoas que tem esse condão especial – estar sempre disponível para os outros, seus semelhantes e tal como a sabedoria afirma: “ se precisas de alguém que te faça um trabalho, pede a quem esteja já ocupado, pois que, quem estiver sem fazer nada, vai dizer que não tem tempo.”
Vejo a pintura de Kim Molinero, posicionada entre o abstracto e o figurativo. Poderia afirmar que se aproxima por vezes do expressionismo.
É uma obra que explora a cor mas que se veste de uma aparente simplicidade. É rica no seu conteúdo, pois Kim Molinero procura, quase sempre, transpor para a tela “algo” que reputa de interessante, quer do ponto de vista do seu imaginário, quer daquilo que constitui os pontos marcantes do quotidiano da sociedade desta aldeia global, que é cada vez mais, este nosso planeta. Mergulhando mais fundo na sua obra, vislumbra-se claramente tudo quanto leva o artista a se revelar através da pintura. É muito interessante este trabalho de descodificar uma obra de arte, quando ela usa um modo abstrato de se apresentar ao apreciador.
Kim Molinero, tal como é referido no seu curriculum, deixou a sua principal actividade – de economista, para se dedicar em exclusivo às artes plásticas. Este gesto define a linha evolutiva de Kim Molinero. Imagino a forma determinante e extremamente segura como essa opção soou aos seus ouvidos internos e que acabou, de forma incorruptível, por constituir a sua grande e verdadeira escolha para a sua realização como pessoa humana. Os grandes artistas tem alguma dificuldade em conciliar com sucesso, múltiplas atividades em simultâneo e acabam por se entregar de corpo inteiro à sua grande vocação. Quantas pessoas passaram ao lado de uma grande carreira, por não terem a coragem de fazer a opção que se afigura a mais indicada para a sua realização.
Voltando à pintura de Kim Molinero, a cor que associa aos seus trabalhos, e até mesmo a estética, são resultado natural daquilo que o artista é no mais profundo do seu ser, não admirando que se expresse, em termos cromáticos, com a maior simplicidade e à-vontade. Apercebe-se que não há esforço, nem dúvidas, quanto às escolhas que faz, na hora de se projetar para o espaço branco das telas.
Olhando para a sua obra, patente em vários “sítios”, destaco apenas algumas obras, que considero importantes para este trabalho, pela mensagem que me sugerem.
“Quatro Elementos”, é um acrílico sobre tela, pintado em 2008, onde o artista se inspira nos quatro elementos da natureza – Terra, Água, Fogo e Ar e associa a cada elemento ideias interessantes, hoje muito em discussão nos mídia. Para o elemento Terra, utiliza o globo, como símbolo do planeta, muito maltratado pelo homem. Ao lado do globo aparece uma árvore, simbolizando o grande apelo à humanidade para que conserve o mais rigorosamente possível a “floresta”, indispensável à natural sobrevivência humana. Por baixo do globo e ao lado da árvore, aparecem pedras de cristal, simbolizando o valor do solo deste nosso planeta, completamente coberto por vastas camadas de cimento e asfalto, impedindo de se afirmar com total legitimidade. No elemento água, é pintado um olho lacrimejando, querendo mostrar a dor que o ser humano consciente sente pelo desprezo que é votado ao bem precioso, a “Água” , como que adivinhando o seu esgotamento gradual. No elemento “Ar” afigura-se-me uma película impermeável ao redor do planeta, impedindo-o de interagir com o restante do sistema solar. Será essa película, resultado de toda a panóplia de agentes poluidores, incluindo as “formas pensamento” que os humanos projetam para fora de si próprios? No elemento “Fogo”, vejo uma chama, que tanto poderá significar o fogo do caos que se instala no planeta, como uma vela que se acendeu para simbolizar o acto de purificação deste planeta que se autodestrói gradualmente por via da inconsciência humana.
“Fire”,  “Symbioses” e “Econocrisis” são séries que representam de forma perfeita a harmonia cromática e estética que caracteriza este autor. Olhando para estas obras, mais em particular para as dos conjuntos “Fire” e “Symbioses”, fica a ideia de se tratar de um artista a quem se poderia apelidar de “ artista da cor”. A cor por si só, exprime já alguma coisa, mas na pintura de Kim molinero, há o registo de uma conjugação perfeita das cores sem prejuízo para o equilíbrio cromático e estético da obra. 
Outras obras, tais como “Emulsions” e “Galaxi”, prendem a atenção dos apreciadores da obra de Kim Molinero. “Galaxi”  faz transparecer um “raid” feito pelo artista ao Impressionismo abstracto, mais propriamente, de forma pouco afirmativa,  ao estilo “Dripping”, que imortalizou Pollock.
Muito mais se poderia extrair da obra de Kim Molinero, extensa, rica e fácil de se gostar.
Ao promover exposições no espaço nacional e até no estrangeiro, para os artistas Plásticos, conclui-se:
“Não chega primeiro quem vai mais depressa, mas quem sabe onde vai”, e Kim Molinero tem as suas metas bem definidas, embora contudo entenda que é no caminhar, passo a passo, pela estrada que escolheu, que encontra a sua maior satisfação, que reputa de maior importância nesta sua jornada artística.
Por fim, fica a certeza que Kim Molinero vai continuar o seu trajeto evolutivo no mundo das artes e o seu nome continuará, dentro e fora do país, a chamar a atenção dos apreciadores da boa pintura.

FERREIRA PINTO (2011)
Crítico de Arte e Artista Plástico 

Pintura


PINCEL DE OURO

2013 - PRÉMIO PINCEL DE OURO atribuído pela sua obra no PORTAL FEBACLA ARTES 
a KIM MOLINERO -Pintor e Escultor- em 25.01.13 pela FEBACLA em Niterói-RJ-BRASIL.

EconoCrisis XVIII - RICOS DALPACA POBRES D'TANGA

2012_03/ Acrílico s/tela/ 100x81cm

O TEMPO DAS VACAS MAGRAS

 Série: Abstracto Fogo
Acrílico s/tela/ 100x81cm

KIM MOLINERO